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Crescimento do crédito desacelera: como isso afeta quem precisa de dinheiro hoje?

Entenda como isso afeta quem precisa de empréstimo hoje e saiba o que fazer para aumentar suas chances de aprovação.

(Imagem: divulgação/reprodução do Google Imagens)

Nos últimos meses, o mercado financeiro brasileiro começou a mostrar um sinal de alerta: o crescimento do crédito está desacelerando.

Para quem acompanha indicadores econômicos, isso não chega a ser uma surpresa, juros altos, inadimplência elevada e incertezas sobre a economia criam um cenário mais duro para a liberação de empréstimos. Mas a grande pergunta é: o que isso significa, na prática, para quem precisa de dinheiro agora?

Neste artigo, vamos explicar de forma simples por que o crédito está andando mais devagar, como isso impacta diretamente consumidores e pequenos empreendedores e o que você pode fazer para conseguir melhores condições mesmo em um cenário menos favorável.

Por que o crescimento do crédito está desacelerando?

Antes de entender os impactos, vale olhar para as causas. Algumas das principais são:

1. Juros ainda elevados

Mesmo com o ciclo de cortes na Selic, os juros ao consumidor continuam altos.

Linhas de crédito como empréstimo pessoal, cartão de crédito, cheque especial e crédito para pequenas empresas seguem com taxas elevadas, o que deixa bancos e financeiras mais seletivos na hora de aprovar.

2. Aumento da inadimplência

Com famílias endividadas e orçamento apertado, cresce o risco de calote. Consequência direta: as instituições passam a filtrar mais, aprovar menos e exigir mais garantias.

3. Menos apetite das instituições

Quando o risco aumenta, o crédito diminui. Essa lógica vale para bancos, fintechs e cooperativas. O resultado é um mercado mais cauteloso e exigente.

4. Incertezas econômicas

Mudanças nas políticas fiscais, aumento de custos e instabilidade nos mercados fazem com que o crédito circule com mais cuidado.

Como isso impacta quem precisa de dinheiro hoje?

Se o crédito cresce devagar, o dinheiro fica mais caro e menos acessível. Isso afeta consumidores de diferentes maneiras:

1. Aprovação mais difícil

Com critérios mais rígidos, quem tem score baixo, renda instável ou histórico de atrasos enfrenta ainda mais dificuldade para ter crédito aprovado.

Isso significa que até mesmo quem já conseguia empréstimos com facilidade pode ouvir mais “não” do que antes.

2. Juros mais altos para a maioria

Menos crédito disponível costuma empurrar os juros para cima. Se antes era possível encontrar taxas mais competitivas, hoje a realidade é outra: o custo do dinheiro está maior.

3. Mais exigência de comprovação

As instituições estão exigindo mais documentos, comprovações e até garantias, como bens ou avalistas. Isso deixa o processo mais burocrático e demorado.

4. Menos linhas de crédito realmente vantajosas

Novos produtos e ofertas promocionais diminuem num cenário de desaceleração. O consumidor encontra menos variedade e condições menos atrativas.

E para pequenos empreendedores?

Micro e pequenos negócios sentem esse impacto ainda mais.

Com margens apertadas e necessidade constante de capital de giro, muitos dependem de crédito para manter operações funcionando, seja para comprar estoque, pagar fornecedores ou investir.

Mas com crédito escasso:

  • A aprovação fica mais difícil, principalmente para MEIs sem histórico bancário forte;
  • As taxas aumentam, pesando no caixa;
  • Linhas como capital de giro e antecipação ficam mais limitadas;
  • Os bancos exigem garantias que muitos pequenos negócios não possuem.

Resultado: o empreendedor precisa fazer mais com menos, priorizar gastos e buscar alternativas de financiamento.

O que fazer para conseguir crédito mesmo com o mercado mais lento?

Mesmo com a desaceleração do crédito, ainda é possível conseguir um empréstimo, mas isso exige preparação.

Melhorar o score é um dos passos mais importantes, mantendo contas em dia, evitando atrasos e usando o cartão com responsabilidade.

Também ajuda ter toda a documentação organizada, como comprovantes de renda e extratos atualizados, já que isso facilita a análise das instituições.

Comparar ofertas é essencial, porque cada banco ou fintech avalia risco de forma diferente, e pedir somente o valor realmente necessário aumenta as chances de aprovação.

Além dos bancos tradicionais, vale considerar opções como fintechs, cooperativas, empréstimos com garantia e antecipação de recebíveis para quem é empreendedor.

Por fim, revisar o orçamento pode reduzir a necessidade de crédito: cortar gastos, renegociar dívidas ou consolidar débitos pode aliviar o peso no bolso antes mesmo de buscar um novo empréstimo.

A desaceleração do crédito preocupa, mas não paralisa

O cenário realmente está mais difícil: aprovação mais restrita, juros altos e exigências maiores. Para quem precisa de dinheiro hoje, o momento pede planejamento, comparação e estratégia.

Mas isso não quer dizer que acabou a chance de conseguir crédito. Pelo contrário: quem se organiza, melhora seu perfil financeiro e busca instituições alternativas pode encontrar oportunidades mesmo em um mercado mais lento.

Juliana Raquel
Escrito por

Juliana Raquel