Carregando, aguarde...

Declaração de Imposto de Renda 2026: como se organizar agora para pagar menos imposto?

Descubra como se organizar desde já para a Declaração de Imposto de Renda 2026 e reduzir legalmente o valor do imposto a pagar.

(Imagem: divulgação/reprodução do Google Imagens)

Todos os anos, milhões de brasileiros precisam encarar a obrigação de declarar o Imposto de Renda. Embora seja uma tarefa comum, ela ainda gera muitas dúvidas e até sustos na hora do acerto de contas com a Receita Federal.

Em 2026 não será diferente: quem deixar para pensar na declaração apenas no último momento pode perder oportunidades de pagar menos imposto ou até aumentar a restituição.

A boa notícia é que, com um pouco de planejamento, é possível se organizar desde já e adotar estratégias que reduzem a carga tributária de forma legal e segura.

Por que começar a se organizar agora?

A declaração do Imposto de Renda não se resume ao preenchimento do programa da Receita Federal. Ela é o reflexo de todas as movimentações financeiras feitas ao longo do ano anterior, salários, investimentos, despesas, bens comprados, doações, entre outros.

Quando o contribuinte deixa para separar documentos apenas em março ou abril, corre o risco de:

  • Perder comprovantes importantes de despesas dedutíveis;
  • Deixar de lançar gastos que poderiam gerar restituição;
  • Cair na malha fina por inconsistências de informação;
  • Não aproveitar benefícios fiscais disponíveis.

Ou seja: organizar-se com antecedência significa ter mais tempo para analisar cada despesa e adotar medidas que realmente reduzem o imposto a pagar.

Quais despesas podem ser deduzidas?

Uma das formas mais conhecidas de pagar menos imposto é o uso das deduções legais. Entre as principais estão:

  • Educação: gastos com mensalidades escolares do contribuinte e dependentes, até o limite definido pela Receita;
  • Saúde: despesas médicas e odontológicas, sem limite de valor (desde que comprovadas);
  • Dependentes: cada dependente incluído gera uma dedução específica;
  • Previdência oficial: contribuições ao INSS podem ser descontadas;
  • Pensão alimentícia: valores pagos por decisão judicial ou acordo homologado.

Por fim, é fundamental guardar comprovantes oficiais (notas fiscais, recibos, contratos), pois a Receita pode solicitar comprovação.

Como reduzir o imposto com investimentos?

Além das deduções, alguns investimentos funcionam como aliados na redução da carga tributária.

Um dos mais utilizados é o plano de previdência privada do tipo PGBL, que permite deduzir até 12% da renda bruta anual tributável, desde que o contribuinte também faça contribuições ao INSS.

Existem ainda fundos incentivados, como os de infraestrutura ou inovação, que oferecem isenção ou tributação reduzida para pessoas físicas.

Outra forma de economizar é por meio das doações incentivadas, direcionadas a projetos culturais, esportivos ou sociais aprovados pelo governo, que podem ser deduzidas diretamente do imposto devido até certos limites percentuais.

O ideal é planejar esses aportes ainda em 2025, de modo que, no momento de declarar em 2026, o contribuinte já tenha aproveitado todos os benefícios possíveis.

Como evitar a malha fina?

A temida malha fina acontece quando a Receita encontra divergências entre o que foi declarado e o que consta em suas bases de dados.

Para evitar esse problema, é fundamental não omitir rendimentos, ainda que sejam valores pequenos. Também é importante comparar com atenção os informes de rendimentos emitidos por empregadores e instituições financeiras.

Despesas médicas devem ser lançadas apenas se forem comprováveis e nunca devem ser infladas. Outro ponto essencial é revisar todos os dados antes de enviar a declaração, já que erros simples de digitação podem gerar pendências desnecessárias.

Planejamento tributário pessoal

Embora o planejamento tributário seja mais comum no mundo empresarial, o contribuinte pessoa física também pode se beneficiar dessa prática.

Avaliar se vale mais a pena optar pelo modelo completo, com todas as deduções possíveis, ou pelo modelo simplificado, que oferece um desconto padrão de 20% limitado a um valor máximo, pode fazer diferença no resultado final.

Em alguns casos, incluir dependentes aumenta o imposto, em vez de reduzi-lo, o que reforça a importância de simular cenários antes do envio.

Além disso, antecipar despesas dedutíveis para o ano anterior, como procedimentos médicos ou contribuições para a previdência privada, pode gerar economia na declaração seguinte.

Conclusão

A declaração do Imposto de Renda não precisa ser um pesadelo. O segredo está no planejamento ao longo do ano, acompanhando despesas, investindo de forma inteligente e reunindo comprovantes com antecedência.

Quem começa agora chega em 2026 preparado, com chances reais de reduzir a carga tributária e garantir mais dinheiro no bolso, seja pagando menos, seja recebendo uma restituição maior.

Organização e informação são os maiores aliados do contribuinte. Quanto antes a preparação começar, mais fácil será cumprir essa obrigação sem sustos e com economia.

Juliana Raquel
Escrito por

Juliana Raquel